domingo, 6 de março de 2011

Um lugar diferente

Pra começar, peço desculpas pela quantidade de tempo que fiquei sem postar no blog. Isso é uma verdadeira vergonha, quando se trata da promessa que fiz aos meus queridos amigos de mantê-los informados ( e até nisso estou falando), visto que meu tempo está extremamente contado nos últimos tempos e que, muita coisa, senão tudo, mudou por aqui. Mas nada melhor do que começar de onde parei...

Durante a aula em uma semana como todas as outras, uma colega entrou em aula extremamente empolgada contando uma história de um lugar muito maluco em que tinha feito uma festa daquelas. No primeiro momento achei que era uma balada como todas as outras que existem aqui, mas quando ela começou a falar vi que não era bem assim.

Quando eu estava em Porto Alegre, um amigo muito próximo havia me falado sobre algumas baladas alternativas que acontecem na Austrália e na Nova Zelândia, e que como ele sabe que pra festa eu não pago imposto achou uma boa idéia me comunicar a respeito do fato.

Voltando à Austrália... Essa colega disse, inclusive, que na próxima semana iria novamente e que acharia muito bom se os colegas pudessem ir também. Combinamos um dia antes do horário em que iríamos e a forma com a qual iríamos nos locomover. Chegando em aula reparei que a minha colega estava vestida como em qualquer dia. No final das contas, ela acabou dando uma desculpa esfarrapada para deixar os colegas na mão. Como dois dos meninos estavam no pique e eu também, optamos por ir.

O nome do local e The Gaff. A diferenciação do local é que em noites específicas existe um concurso bem típico de garotas com camisetas molhadas, alguém lembrou do Gugu por acaso? A motivação foi ir em uma balada diferente daquelas que frequentamos aqui em Manly ou até mesmo em Sydney, tais como Shore Club e Ivy Bar.

O caminho foi feito da seguinte forma primeiro pegamos uma carona com um dos meninos e fomos até o ferry, em seguida entramos e na Circular Quay pegamos um ônibus que nos deixou na frente da festa. O valor cobrado na noite em que fomos, uma terça-feira, foi de dez dólares por pessoa. Tinha fila, porém não muita e o público era bem alternativo ( como em todas as baladas por aqui). Ao entrarmos nos deparamos com dois ambientes os quais tomei a liberdade de apelidar de céu e inferno.

O céu era uma pista com música gênero pop, tinha uma iluminação azul e o ar condicionado estava funcionando muito bem, obrigada. Chagava a estar até um pouco frio, inclusive naquele local. Descendo as estreitas escadas havia um outro ambiente com as paredes muito escuras e com iluminação entre alaranjada e avermelhada. Era um calor imenso. Só de ficar parados suávamos somente pelo fato de estar naquela temperatura. As músicas variavam entre um hip hop dançante até algumas que lembravam o funk brasileiro por causa da batida do eletrônico, esse era o que eu chamei de inferno.

Na pista inferior havia um palco e quando cheguei o locutor estava falando sobre o concurso que aconteceria em seguida e falou a nacionalidade de cada uma das meninas que iria participar. Haviam inglesas, francesas, australianas, italianas e alemãs. Era uma verdadeira salada de frutas de nacionalidades. O ganhadora receberia o equivalente em dinheiro a duzentos dólares. O clima do concurso deixou os ânimos muito alterados. A vencedora foi uma francesa.

Após o concurso de camisetas molhadas a festa continuou com uma música muito empolgante e acabamos indo embora em torno de 3h30 da manhã, o que já pode ser considerado um tanto tarde aqui, pensando-se que as baladas terminam em torno de meia noite. A The Gaff foi a balada australiana que mais tem o clima das baladas brasileiras, por incrível que pareça ( na minha opinião). As pessoas não deixam de ser educadas por estar acontecendo um evento como aquele, ao mesmo tempo em que estão se agitando em virtude do concurso.

O ruim de ir pra uma balada mais distanciada aqui em Sydney é o transporte para pode voltar para a casa. Acabamos retornando em torno de 5h30. A espera pelo transporte girou em aproximadamente uma hora e precisamos de mais uma ainda para nos deslocar. Haja vontade!

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