quarta-feira, 1 de junho de 2011

Rugby Day



Na Austrália e na Nova Zelândia o Rugby, que para os brasileiros é um esporte literalmente de 'outro mundo' é muito comum. Nas escolas é considerado como um dos prediletos para o ensino e formação de equipes. Aqui em Manly, mais pontualmente em Brookvale existe o estádio do Manly Seagles, time muito conhecido aqui na Austrália até mesmo por já ter ganho o título de campeão nacional na categoria.

Em um final de semana veio o convite para ir ao estádio e presenciar uma partida que seria disputada entre o time e um rival que estava perto do rebaixamento. Como tenho muita sorte, estava chovendo. Aff! Mas o local que nos esperava era protegido por cobertura e diga-se de passagem, bem confortável :D.

A partida começou e eu nem sequer vi que começou (para se ter uma noção do meu grau de sabedoria a respeito do jogo). O jogo é uma mistura de 'me empurra que eu não solto a bola' com 'vou me atirar no chão'. Brincadeiras a parte, o placar é bem diferenciado e nele existem uma sucessão de divisões que mostram a quantidade de pontos que um time deve obter a partir dos lances que são observados.

Vamos ao que 'aprendi'. Os passes somente podem ser dados para os lados ou para trás, jamais para frente. Existe uma pontuação que se chama Try, que é quando os jogadores ultrapassam a linha do gol com a bola na direção do campo do adversário.


Nela é possibilitado que se possa dar um chute a gol. Esse gol é diferente porque as traves são altas e a distância é bem mais do que a de um pênalti, como existe no futebol.



No mais, o Manly Seagles ganhou por vinte a zero e o time que estava quase sendo rebaixado, pelo que me foi informado, acabou seguindo o seu rumo. A noite terminou em clima agradável, bem diferente do que começou devido à grande quantidade de chuva que pode ser observada no início do jogo. 


Outro aspecto que deve ser observado é que a minha fama de 'talismã' no Sul por estar invicta quando torço nos estádios permanece intacta ;).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Aqui também tem Forró

Já fazia algum tempo em que meus colegas e eu estávamos comentando sobre a vontade que tínhamos em comum de poder desfrutar de uma noite de forró. O problema decretado é que todos estamos na Austrália e que por aqui esse estilo de música não é exatamente típico. Em Manly existe uma noite no Shore em que bandas de reggae tocam, essa festa costuma ser nas quintas-feiras e é conhecida pela população local como 'noite brasileira'.

Um dos meus colegas havia me dito que no trabalho dele havia comentários de que na City existia uma noite de forró, ele só não sabia ao certo qual era o dia e o local, o único aspecto considerado como certo era a vontade coletiva de conhecer o local para poder matar um pouco da saudade do ritmo que há muito tempo nenhum de nós ouviu sequer falar.

A data da festa foi a primeira quinta-feira de maio, o local o Hugo's na Darlyn Harbour. A entrada da festa seria isenta, como quase todas as que existem por aqui. Após o ferry e mais um trem chegamos ao destino desejado, um lugar muito bonito, com uma vista privilegiada. A música de primeira qualidade agitada por uma banda no melhor toque do forró.

Entre wisky, energético, cervejas, forró e amigos estavam todos muito felizes. Estávamos no total de nove pessoas e acabamos por sair da festa em torno de duas e meia da manhã. O meio de transporte escolhido foi um táxi com capacidade para sete pessoas (isso nós esquecemos dois na festa). O valor acabou variando em torno de dez a doze dólares para cada um. E valeu a pena :D. Que venha a próxima!
















terça-feira, 17 de maio de 2011

ANZAC Holiday (Continuação Easter Holiday) - parte 2

O feriado de Páscoa aqui na Austrália acabou se estendendo porque um outro feriado, ANZAC Holiday, caiu na segunda-feira. Sendo assim, meu descanso acabou se prolongando por mais dois dias e o destino escolhido foi nada mais do que Blue Montains.

O lugar é conhecido por ter uma linda paisagem e por ser situado na serra, oferecendo sempre uma temperatura reduzida do que a de Sydney e cidades dos arredores. O clima é propício a visitas e a vista que se pode ter dos altos é muito bonita, por lá existem as famosas Three Sisters, um conjunto montanhoso que pode ser avistado de um ponto alto na cidade de Katoomba.

A viagem já havia sido programada há alguns dias, o que não estava na previsto, pelo menos não na nossa, mas que a televisão e a internet já avisavam fazia tempo, era a chuva que estava por cair. Na segunda-feira pós Páscoa dois amigos e eu nos encaminhamos até a estação do ferry de onde nossa trip seria iniciada. Tudo minimamente calculado.

O próximo destino depois dos trinta minutos sobre as águas seria a estação de trem na Circular Quay. Depois de um café da manhã nos encaminhamos até a Central Station de onde partiria o trem com destino direto às Blue Montains. O transporte da Circular Quay até as Blue Montains é integrado, e o ticket sai por $7,80. O tempo de duração da viagem fica em torno de duas horas.

Ao chegar ao destino, nos deparamos com uma chuva ao melhor estilo nevoeiro, aquela mal molha e que dura um bom tempo. A visibilidade também ficou comprometida, sendo que só conseguíamos ver a uma distância de no máximo 50 metros.

A primeira providência que tomamos foi procurar alojamento. Durante viagens como essa nada melhor do que um backerpacker. Os backerpackers são nada menos que os conhecidos albergues do Brasil. Depois de visitarmos dois sendo que um tinha vaga e o outro não, optamos por continuar a busca e chegamos a um consenso final. A terceira opção do dia foi um hostel da rede YHA, muito conhecida em muitos destinos do mundo. O valor da diária ficou em $29,50 e a localização era bem de acordo com o que estávamos pensando, exatamente no meio de tudo.

O local era limpo e tinha dependências muito satisfatórias, além de um ótimo atendimento que durou até o último momento em que permanecemos ali. Malas alojadas, o caminho agora seria procurar um pub ao melhor estilo do ANZAC Day, muita cerveja e o jogo comemorativo do dia. Que comecem as apostas!

O pub que escolhemos não foi a melhor opção, pelo que percebi. Homens e mulheres de meia idade exibindo medalhas pela batalha e congratulações a respeito da Primeira Guerra Mundial e para não dizer que não haviam pessoas mais jovens ali, estávamos nós :D . E além disso um novo amigo que conhecemos no quarto do albergue, ele era Made in South África.

Após sairmos do local 'extremamente motivados' e nenhum pouco bêbados, partimos para o supermercado e em seguida para a bottle shop ( que aqui na Austrália são as lojas habilitadas para a venda de bebidas). Após algumas pizzas, conversa fiada e uma boa quantidade de cerveja, nos dirigimos ao quarto que tinha nada menos do que oito camas. Quando chegamos ali, pela primeira vez, éramos os únicos habitantes no local. Já quando acordamos pela manhã da terça-feira, absolutamente todas as camas estavam lotadas. Os quartos são mistos, mas naquele não avistei nenhuma outra mulher (novidade...).

Ah sobre as Blue Montains! Voltando à segunda-feria, dia em que chegamos, nos encarregamos de dar uma checada nas 'Blue Montains', mas para a nossa infelicidade elas estavam cobertas :( . O que já estava previsto. A visualização do local que pudemos ter foi somente nevoeiro e mais nevoeiro, e nada de Three Sisters e nada de nada interessante. Éramos nós e mais uma cambada de turistas exatamente a nada...

Na volta para casa na terça-feira, logo imediatamente que a diária do backpacker venceu, acabamos por decidir mudar o rumo e ir para a City (Centro de Sydney), em um bairro que se chama China Town. O lugar era bem típico chinês, tanto em decoração como em comércio ao melhor estilo ching ling.

Depois de algumas pechinchadas e poucas compras, nosso melhor feito foi o almoço que pudemos saborear à la China. No final da tarde estávamos nos dirigindo para Manly,  meus amigos de ferry e eu de ônibus, sendo que nossos destinos foram diferentes.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

A saga dos cangurus - Easter Holiday - Parte 1

Aqui na Austrália o feriado de Páscoa é chamado de Easter Holiday. A data é a mesma, porém aqui este ano, ele acabou sendo agregado ao feriado de Anzac (Australia and New Zealand Arm Corps) e sendo assim, estendeu as comemorações para cinco dias aglomerados, o que chamamos no Brasil de feriadão.


Como as minhas atividades aqui em Ozzy não estão limitadas ao turismo, acabei não visitando muitos lugares diferentes e nesse feriado acabei optando por programações mais turísticas e menos festivas :p. O destino selecionado foi Milton, em Ulladulla.  A cidade é pequena e tem o maior jeito de interior (se bem que é) e o mais atrativo para mim, foi que de lá se pode ter contato com os cangurus de forma livre, sendo que eles podem ser vistos e tocados andando em bandos pelas praias e florestas naquela região.

A saída foi marcada para a sexta-feira de manhã, dia que no Brasil é lembrado o feriado da Sexta-Feira Santa. Bem cedo já estávamos na estrada, dia lindo e uma boa quantidade de chão pela frente. O tempo estimado para a chegada era de aproximadamente três horas, e assim foi.

O trânsito estava muito tranquilo e não tivemos problemas para poder chegar ao local desejado. O horário do check in estava marcado para as duas horas da tarde, e como chegamos em torno de meio-dia, aproveitamos para começar a fazer o turismo e descobrir por onde andavam os cangurus.

Acabamos descobrindo que havia um acampamento em Lake Conjola e que lá seria possível ver os animaizinhos, além de poder também ter a visualização de uma bela praia, e lá fomos nós. Chegando lá fomos bem recebidos, as pessoas que estavam acampando nos deram boas informações a respeito dos melhores horários e locais em que poderíamos estar ali para ver os cangurus.

O horário indicado foi entre as primeiras horas da manhã e o final de tarde para o início da noite. Infelizmente, no horário em que chegamos, meio-dia, nada poderia ser visualizado, então optamos por almoçar e retornar em um dos horários que havia sido indicado.

Acabamos comendo um sanduíche, muito bom por sinal em um local chamado Sharks. Dali seguimos de volta ao acampamento e dessa vez pudemos ver os marsupiais saltadores. A experiência foi um tanto estranha porque um dos alertas com relação aos cangurus foi com relação à agressividade dos bichinhos, que são conhecidos por aqui como boxeadores, e não é à toa.

A primeira impressão que tive quando vi os bichinhos foi que eles pareciam gnomos na floresta. Pode parecer estranho, mas eu estava com tanta vontade de vê-los que quando vi pareciam uma miragem, ali paradinhos com a cara de quem não está entendendo nada, e eu, menos ainda :p. Fiquei com bastante medo de me aproximar para poder tirar as fotos, fiquei muito receosa com relação à reação dos boxeadores e o ruim é que eles estão sempre com a mesma carinha, não existe como saber qual será a próxima reação.


Após conseguir espantar todos os cangurus da área e tirar todas as fotos com a maior cara de medo do mundo, me dirigi ao local onde iria deixar minhas coisas e, mais tarde dormir. O local era bastante agradável e a recepcionista era muito educada e hospitaleira, uma pena que um tanto mal informada. Aqui na Austrália na Sexta-Feira Santa as bottleshops não abrem e infelizmente a nossa anfitriã não sabia disso :(. A bebedeira teria que ficar para um outro dia. Outro dado que não havia nos sido apresentado era o de que nada abriria na cidade na parte da noite, a exemplo de um pub ou algo do gênero. As onze da noite mais nada estava aberto. Estávamos em uma cidade fantasma...

A programação continuou inalterada e na manhã seguinte nos dirigimos à praia de Milton, onde permanecemos até a tarde tomando um agradável Sol e apreciando a beleza da natureza local, que não era pouca.

De lá resolvemos ir a uma praia mais afastada no Murramarang National Park, Pebbly Beach. O acesso foi dado através da Princess Hwy, aproximadamente 40 minutos ao Sul de carro. Saindo da estrada principal entramos em uma outra de terra que nos levou diretamente ao parque. No início da estrada já conseguimos ver um canguru que se atravessou em frente ao carro transversalmente à estrada.

Ao sair do carro, olhando em direção à praia, vimos grupos de cangurus parados em frente a turistas comendo a vegetação que lá havia. Essa segunda impressão já me deixou um tanto mais confortável para poder tirar as fotos e colocar a mão nos boxeadores que desta vez me pareceram bem mais confiáveis. A experiência foi bem mais produtiva que a primeira já que pudemos aproveitar melhor o momento.

Saindo de Pebbly Beach nos dirigimos à Milton, já sabendo que o domingo seria o dia de retornar à Sydney. A viagem de volta foi bem tranquila e ao chegar em casa começaram os preparativos para a próxima trip que seria em direção à Blue Montains ; ).


                   
                  Sexta-feira saindo de casa em Sydney

Em direção à estrada na City

Paisagem da Princess Hwy direção Sul

As belezas da estrada

Parada para o café da manhã

Muitas áreas de criação de gado no caminho

Na praia do acampamento em Lake Conjola

Carro costumizado em Lake Conjola

Primeiro canguru visualizado no pátio de uma casa em Lake Conjola

Dentro do acampamento 

Canguru fazendo a refeição ou fugindo de mim

Eu morrendo de medo e os cangurus nem aí pra mim

Até que enfim consegui fazer contato com o bichinho

É só a capa da máquina mas ele sismou em querer pegar


Estrada para Pebbly Beach

Chegando em Pebbly Beach

Canguru mais faminto que já vi na vida

Ele pediu pra tirar essa comigo 
A essa altura nem medo eu tinha mais

Anoitecendo quase hora de ir embora


Pebbly Beach

Pebbly Beach

Pebbly Beach
Chegando em Milton Beach

Milton Beach
Professor e eu em Milton Beach


Voltando para Sydney